segunda-feira, 13 de junho de 2011

sobre o sexo.

Mas chega a ser engraçado eu olhar pro lado e ver nada além de uma parede fria onde tenho que me apertar para poder dizer, na verdade mentir para mim mesmo que não estou sozinho.
para me auxiliar nisso penso nas unhas rasgando cada milímetro de pele os sussurros e gemidos, cada besteira dita, pedido, ordem. O Suor e a respiração ofegante, junto dela os cheiros, os sabores e todo o prazer que eu terei assim que voltar a te ver. Sentir cada parte do teu corpo como se fosse meu o que na verdade é! o que naquele nosso espaço-tempo apenas um perto, encostado ... Dentro do outro é o que importa.
O sangue escorre pelas minhas costas e junto com ele uma dor gostosa, os fios finos de seus cabelos se enroscam dentre meus dedos, pequenos berros sufocados pelo travesseiro, joelhos marcados e manchas de mãos na parede branca do meu quarto fazem sua tarefa de não deixar passar as memórias que a eles fora designada.
a cama por horas e horas a fio se em bêbeda de nós, overdoses de mim e você impregnam as quatro paredes desse lugar.
E lá vamos nós outra vez, e outra e outra... Praticamente incansáveis níveis de... Do que eu deveria chamar, apenas sexo? Amor? Aprendi que homem e mulher não fazem amor, e sim Sexo, transam, trepam... fodem. Essa historinha de amor singelo e "nós fazemos Amor e não sexo" ficou para Hollywood; não vou dizer que não há amor no que fazemos, muito pelo contrário, acho que se não fosse o tal amor, não estaríamos aqui onde estamos.
E então a cama volta a se mover como uma engrenagem, vai para frente e para trás até mesmo para os lados e com o tempo gemidos viram urros, cabelos grudam no corpo e mesmo próximo a exaustão não há vontade de parar, o corpo pede, porém a mente quer mais e mais e mais...
e pensando nisso tudo que nos acontece vou caindo no sono sabendo que na próxima manhã posso estar acordando ou indo dormir com você.